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Quantidade de brasileiros presos no exterior por tráfico preocupa governo

Publicado em 21/01/2015

Quantidade de brasileiros presos no exterior por tráfico preocupa governo

 O caso de Marco Archer e Rodrigo Gularte, condenados à morte na Indonésia por tráfico de drogas, chamou atenção para o número de brasileiros presos no exterior por esse tipo de crime.

Segundo o Itamaraty, até o final de 2013 (últimos dados disponíveis), 30% dos brasileiros presos no exterior foram detidos por tráfico de drogas. Nesta sexta-feira (16), o órgão se manifestou afirmando estar "preocupado" com o número crescente de brasileiros nessa condição.

Segundo levantamento divulgado pelo Itamaraty, há 3.209 brasileiros presos no exterior.

Desse total, 963 são por envolvimento com o tráfico de drogas. A maioria deles está na Europa. Lá, dos 1.108 brasileiros presos, 496 respondem por tráfico.

Logo depois vem a América do Sul, onde 288 os 864 presos foram detidos por envolvimento com o esse tipo de crime.

"Obviamente é algo que nos preocupa imensamente. O tema é, inclusive, algo que foi alvo e conversas... Essa questão preocupa porque é uma proporção grande, é uma quantidade crescente", disse um funcionário do Itamaraty.

Entre os casos que mais preocupam as autoridades brasileiras está a situação dos brasileiros presos na Turquia. Segundo o órgão, até meados de 2009, não havia nenhum brasileiro preso no país. Atualmente, de acordo com o Itamaraty, há cerca de 50 brasileiros detidos no país, todos por envolvimento com o narcotráfico.

Segundo órgão, as prisões de brasileiros por tráfico de drogas na Turquia começaram, segundo o Itamaraty, após o início dos voos diretos entre São Paulo e Istambul, em 2010. A Turquia, ao contrário da Indonésia, não aplica pena de morte a condenados por tráfico.

O Brasil é conhecido internacionalmente por ser um dos principais "corredores" de exportação de cocaína produzida pela Bolívia, Colômbia e Peru.

Parte da droga é "exportada" por pessoas contratadas por narcotraficantes para transportá-la em viagens aéreas. Essas pessoas são conhecidas como "mulas".

Fonte: Uol