Ela chegou a pesar 30kg e ingerir 10 calorias por dia no auge da aneroxia. Hoje recuperada, Beth Hall, universitária de Cambridge, agora conta como conseguiu fugir das garras da doença após receber uma sentença de morte por parte dos médicos. As informações são do Mirror.

Atormentada por sofrer bullying na escola, Beth, que hoje trabalha em uma doceria que vende chocolates, emprego que, segundo ela, a ajudou a passar pela anorexia, começou uma rigorosa dieta aos 16 anos, vivendo com nada além de chá preto e café no estômago. Determinada a perder peso, a ruiva chegou a ficar três dias diretos sem comer absolutamente nada.

"Estou tão aliviada por ter conseguido manter um peso saudável após batalhar contra a anorexia", explicou ela, em entrevista ao jornal inglês. "Não importava quantos quilos eu perdia, sempre via uma porca gorda no espelho".

Segundo Beth, um câncer enfrentado por sua mãe na época a ajudou a moldar sua rotina alimentar da maneira que ela gostaria. "Eu jogava meu lanche fora na escola, e quando minha mãe foi diagnosticada com câncer de pele, em 2008, eu pude bagunçar meu hábito alimentar sem contestações", lembrou.

A jovem foi obrigada a deixar a universidade em 2009, já que a pouca alimentação a deixava sem forças para estudar e trabalhar. "Não conseguia me concentrar em mais nada além de comida. Meu corpo estava faminto e completamente fora de controle, e eu ficando cada vez mais magra. Então, consegui um emprego como assistente, ironicamente, em uma loja que vendia chocolates. Mas eu estava tão fraca que não sabia até quando meu corpo iria aguentar", afirmou.

A situação chegou a um limite onde a ajuda médica se tornou inevitável. Beth foi internada e ouviu um diagnóstico assustador. "O médico disse que conseguia sentir meus órgãos através da minha pele e que eu iria me matar caso minha alimentação não melhorasse".

Beth ficou internada por quatro meses em uma clínica especial. Hoje, aos 24 anos, apesar de ter sofrido um colapso em um passado recente, a estudante inglesa conseguiu voltar para a faculdade e a trabalhar meio período, com peso e corpo perfeitamente saudáveis. "Eu sei que minha doença vai sempre estar ali, mas sei como lidar com tudo agora. Espero que outras garotas leiam minha história e consigam ganhar esperanças com tudo que eu alcancei", finalizou.

Fonte: Terra