O governo federal atualizou sua "lista suja", revelando empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão. Na nova atualização, divulgada na segunda-feira, 7 de outubro, chamou atenção a inclusão do cantor Leonardo, proprietário da Fazenda Talismã, em Jussara, Goiás.

O artista foi listado após uma fiscalização realizada em novembro de 2023, que descobriu seis pessoas, incluindo um adolescente de 17 anos, vivendo em condições degradantes na propriedade. Os trabalhadores dormiam em uma casa abandonada, com camas improvisadas feitas de tábuas e galões de agrotóxicos, sem acesso a água potável ou banheiro.

Leonardo se pronunciou nas redes sociais, manifestando sua surpresa e tristeza diante das acusações.

"Então, gente, boa tarde. Estou aqui, confesso a vocês que surpreso e muito triste. O meu nome está sendo vinculado no meio da televisão, rádio, internet, e tudo mais. Há um equívoco muito grande sobre a minha pessoa. O Brasil inteiro me conhece, sabe a pessoa que eu sou. Eu não me misturo, eu não me misturo nessa lista, nessa lista aí que eles fizeram aí de trabalho escravo. Eu sou totalmente contra esse tipo de coisa, entendeu?", disse o sertanejo.

Leonardo se defendeu, afirmando que a situação se refere a um funcionário de uma fazenda arrendada que ele não conhece.

"Aconteceu que um funcionário apareceu nessa fazenda que eu arrendei, e eu nunca o vi antes. Fui surpreendido pelo Ministério Público do Trabalho, que foi muito bem recebido na minha propriedade. Foi então lavrada uma multa em meu nome, mas não da Fazenda Talismã, e sim da Fazenda Lacanca, onde foi feito o arrendamento para o cultivo de soja", explicou.

O cantor também comentou sobre a multa recebida, esclarecendo que já tomou as devidas providências.

"Respeitamos o Ministério Público, mas essa multa foi uma surpresa. Já resolvemos tudo e, inclusive, a multa já foi arquivada. Está tudo acertado e já pagamos o valor devido", concluiu Leonardo, procurando esclarecer os fatos.