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Exames apontam rejuvenescimento de 10 anos em cientista que vive em uma cápsula dentro do mar
Publicado em 06/06/2023

O cientista Joseph Dituri, de 55 anos, embarcou em um desafiador experimento: passar 100 dias em uma cápsula submersa no mar. E um recorde está prestes a ser alcançado.
Joseph, um oficial aposentado da Marinha dos Estados Unidos, está vivendo a aproximadamente nove metros de profundidade no oceano há 94 dias. Sua missão é estudar os efeitos de um ambiente pressurizado no corpo humano.
Exames realizados durante o experimento revelaram mudanças positivas em seu organismo desde o início dessa jornada. Um dos resultados surpreendentes é o aumento de 20% no comprimento dos telômeros, o que corresponde a mais de uma década de rejuvenescimento. Além disso, ele possui até 10 vezes mais células-tronco do que antes e desfruta de um sono REM profundo entre 60% e 66% todas as noites.
Joseph trabalha por uma hora, de quatro a cinco dias por semana, e tem acesso a ciclos de exercícios. Ele afirma que ainda está mantendo sua massa muscular e que seu metabolismo aumentou, resultando em um corpo mais esbelto.
As mudanças na saúde do cientista são atribuídas à pressão do ambiente subaquático. O ambiente pressurizado é semelhante às câmaras hiperbáricas, que podem melhorar o fluxo sanguíneo, o metabolismo e a função cerebral, além de aprimorar as funções cognitivas e físicas, o sono e a marcha.
Ao concluir a missão, Joseph quebrará o recorde mundial de permanência em um ambiente subaquático, que anteriormente era de 73 dias.
Durante esse tempo na cápsula, ele está testando tecnologias que podem ser utilizadas pela NASA em missões para Marte, além de realizar testes e tratamentos para reverter a perda muscular e desacelerar o envelhecimento.
Além do trabalho de pesquisa sobre os efeitos do ambiente pressurizado, Dituri também está testando um dispositivo na cápsula que poderá ser utilizado pela NASA para auxiliar astronautas em futuras missões em Marte.
Esse dispositivo, similar ao tricorder da série de ficção científica Star Trek, é utilizado para monitorar a saúde de uma pessoa e determinar se ela necessita de assistência médica.
Joseph também está investigando maneiras de evitar a perda de massa muscular no espaço, um problema que afeta os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS). Ele ressalta a importância de solucionar esses problemas antes de enviar seres humanos em missões de longa duração para Marte.
"Estamos indo para Marte, mas levará 200 dias para chegar lá. Quando você chegar, terá diminuição da massa muscular, visão limitada, baixa forma física e diminuição da densidade óssea. Pousaremos em uma gravidade rebaixada enquanto aterrissamos. Acredito que talvez seja uma má ideia e precisamos descobrir algumas coisas antes", ponderou.