Na última terça-feira, dia 12 de julho, a Nasa apresentou as novas imagens obtidas pelo Telescópio Espacial James Webb, revelando registros ricos em detalhes do Universo com um grupo de galáxias, nebulosas e um exoplaneta. A Nasa escreveu o seguinte: 

“A colaboração internacional nos deu o telescópio espacial mais poderoso já feito e as mais profundas visões infravermelhas do universo já vistas”.

A primeira imagem divulgada na segunda (11), durante um evento na Casa Branca com a presença do presidente Joe Biden, foi do aglomerado de galáxias SMACS 0723, localizado há 4,6 bilhões de anos luz. Outra imagem apresentada mostra uma paisagem de “montanhas” e “vales” repletos de estrelas brilhantes. 

De acordo com a explicação da Nasa, trata-se da borda de uma região jovem que se aproxima da formação de estrelas conhecida como NGC 3324 na Nebulosa Carina, registrada em luz infravermelha pelo novo Telescópio Espacial James Webb, revelando pela primeira vez, áreas até então invisíveis de nascimento de estrelas. 

A parede da nebulosa está sendo esculpida pela lenta corrosão causada pela radiação ultravioleta escaldante das estrelas jovens, e além disso, nota-se alguns pilares dramáticos se elevando acima da parede brilhante de gás como forma de resistência à radiação. O “vapor” que passa a sensação de estar subindo das “montanhas” celestes, nada mais é do que o gás ionizado quente e poeira quente saindo da nebulosa por causa da radiação implacável. 

O fato do Webb ser sensível à luz infravermelha faz com que ele possa enxergar através da poeira cósmica para registrar esses objetos, além de revelar berçários estelares emergentes e estrelas individuais escondidas por completo em imagens de luz visível.   

Sob a descrição da Nasa, vamos conhecer os primeiros corpos celestes captados pelo James Webb:

- Nebulosa Carina: uma das maiores e mais brilhantes nebulosas do céu, localizada a aproximadamente 7,6 mil anos-luz de distância na constelação sul de Carina. As nebulosas são berçários estelares onde as estrelas se formam. A Nebulosa Carina é o lar de muitas estrelas massivas, várias vezes maiores que o Sol. 

- WASP-96 b: planeta gigante fora do nosso sistema solar, composto principalmente de gás. Localizado a cerca de 1.150 anos-luz da Terra, orbita sua estrela a cada 3,4 dias. Tem cerca de metade da massa de Júpiter e sua descoberta foi anunciada em 2014. 

- Nebulosa do Anel Sul: também conhecida como nebulosa “Eight-Burst”, é uma nebulosa planetária – uma nuvem de gás em expansão, envolvendo uma estrela moribunda. Tem quase meio ano-luz de diâmetro e está localizada a aproximadamente 2 mil anos-luz de distância da Terra. 

- Quinteto de Stephan: localizado a cerca de 290 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação de Pégaso. Foi o primeiro grupo compacto de galáxias descoberto, em 1877. Quatro das cinco galáxias dentro do quinteto estão presas em uma dança cósmica de repetidos encontros imediatos. 

- SMACS 0723: aglomerados maciços de galáxias, em primeiro plano, que ampliam e distorcem a luz dos objetos atrás deles, permitindo uma visão de campo profundo em populações de galáxias extremamente distantes e intrinsecamente fracas.